Mico-Leão-Dourado
Mico-Leão-Dourado é um mamífero que vive exclusivamente na Mata Atlântica. Animal ameaçado de extinção há muito tempo por causa da destruição do seu habitat, sua sobrevivência se deve aos projetos e unidades de conservação.
A principal causa da vulnerabilidade e do risco de extinção do mico-leão-dourado é a fragmentação do seu habitat. Historicamente a Mata Atlântica vem sendo explorada e destruída desde a época da colonização do Brasil.
É um símbolo da luta pela conservação da biodiversidade no mundo todo, os esforços pela espécie começaram nos anos 1970 quando sua situação era muito crítica.
As atividades agropecuárias e extrativistas, juntamente com a ocupação e crescimento desordenado das zonas costeiras da Mata Atlântica quase exterminaram esse mamífero de pelagem dourada.
A maioria dos micos-leões dourados são encontrados atualmente dentro de áreas de proteção ambiental. Estão presentes na Reserva Biológica (Rebio) de Poço das Antas, no município de Silva Jardim, que foi criada em 1974 e na Rebio União, criada em 1998, no município de Rio das Ostras, ambas no Rio de Janeiro.
Nos últimos trinta anos aumentou o número de animais na natureza, hoje há cerca de 1000 indivíduos distribuídos em fragmentos do seu habitat natural, mas ainda não o suficiente para retirá-lo da lista de animais ameaçados.
Segundo a “Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, publicada em 2014 pelo Ministério do Meio Ambiente, o mico-leão-dourado encontra-se em perigo de extinção (EN). Também está incluído na lista vermelha do IUCN.
O mico-leão-dourado é endêmico da Mata Atlântica, ou seja, é encontrado exclusivamente nesse bioma. Originalmente distribuído do Rio de Janeiro até o Espírito Santo, hoje distribui-se por fragmentos florestais na Bacia do Rio São João, localizados em alguns municípios do Rio de Janeiro.
Vive nas regiões de baixada costeira, ocorrendo até os 500 metros de altitude. Os micos-leões-dourados habitam tanto matas primárias (nativas) como matas secundárias (alteradas pela ação humana).
No entanto, o animal mesmo sendo pequeno ocupa grandes áreas da floresta, cada grupo (de quatro a oito indivíduos), precisa de cerca de 110 hectares para viver.
Isso significa que a fragmentação do habitat gera isolamento dos grupos o que é prejudicial do ponto de vista genético, aumentando a sua vulnerabilidade à extinção.