Lebiste (Guppy)

O Guppy é um peixe bastante resistente e pouquíssimo exigente quanto as instalações, mas devemos tomar alguns cuidados. A água deverá ter uma água macia (6-10 dH) e ligeiramente alcalina, com o pH entre 7.0 e 7.2. Mantenha a temperatura em 25° C a 30° C.

Os guppies podem ser criados em aquários comunitários, desde que não hajam peixes muito maiores que ele, que possam danificar suas enormes nadadeiras dorsal e caudal ou devorá-las. Além de mais coloridos, os machos são bem menores que a fêmea, eles medem até 3cm, enquanto que elas podem chegar a 5,6cm. A nadadeira caudal dos machos é normalmente do mesmo tamanho do corpo e bem aberta, ao passo que a das fêmeas é igual a metade do corpo.

Muitos aquaristas levam a criação de guppies a um nível tão sério e em tão grande escala, que fazem do hobby sua fonte de renda. E não é para menos, esses peixes são bastante ativos, desenvolvem-se bem em aquários pequenos, estão sujeitos a poucas doenças e se reproduzem com grande facilidade. E ainda, o Guppy é um dos peixes ornamentais mais bonitos, populares e procurados pelos aquaristas.

O Guppy faz parte da família dos Poecilídios. Eles foram originários de águas doces de Trinidad, Barbados e países do norte da América do Sul, mas foram disseminados por quase todo o mundo. É encontrado na natureza geralmente em águas pouco movimentadas, ou então estagnadas. Nestes locais os guppies são verdadeiros devoradores de larvas de insetos e em alguns países, inclusive o Brasil, são usados para controlar a proliferação de mosquitos transmissores da malária e outras doenças.

Reprodução
Quem já viu guppies em um aquário, com certeza já percebeu que os machos ficam nadando ao lado de sua companheira, num ritual amoroso. Ele vibra as nadadeiras dorsal e caudal se dobrando e encosta seu gonopódio (órgão sexual do macho) no órgão genital da fêmea, fecundando-a. O período de gestação dos filhotes varia entre 21 e 28 dias. Próximo ao nascimento o abdômen da fêmea se apresenta bem inchado e aparece perto da nadadeira anal uma mancha escura ou clara, dependendo da cor do peixe, que vai aumentando com a proximidade da parição. O ideal seria retirarmos a fêmea do aquário e colocarmos em outro sozinha, pois o canibalismo nesta espécie é muito comum. Esse aquário, chamado de maternidade, deve ter esconderijos, como plantas ou até um saco de frutas, pois são nelas que os alevinos se escondem quando nascem.

É impressionante o potencial reprodutivo dos guppies. Quando atingem a maturidade são muito ativos sexualmente. Os cruzamentos são constantes e uma fêmea pode produzir cerca de 100 filhotes a cada 4 semanas, embora o número fique normalmente em torno de 40 filhotes. Com uma única fecundação, ela pode parir até oito vezes sem a presença do macho. Isso porque a fêmea tem capacidade de armazenar os espermatozóides no interior do seu oviduto por um longo tempo. Dependendo da alimentação pode sobreviver até 100% dos alevinos até a fase adulta.

Nomes: Guppy, Barrigudinho, Lebiste, Bandeirinha, Sarapintado, Peixe-Arco-Íris, Guaru-Guaru, Bobó, Rainbowfish, Missionaryfish, Millionenfisch, Buntfleckkaerpfling etc.

Nome científico: Poecilia reticulata (Wilhelm C. H. Peters – 1859).

Origem: Norte da América do Sul e América Central.

Macho: Tem cores no corpo e nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do mesmo tamanho do corpo. Pode chegar a medir 3 centímetros.
Fêmea: Tem cores somente no pendúculo caudal e nadadeiras. Pode chegar a medir 5,6 cm

Temperatura: De 25° C a 30° C. De preferência 27° C.
Água/pH: pH 7.0 a 7.2. dH 6 a 10.

Alimentação: Onívora; Tubifex, larvas de mosquito, drosófilas, artêmia salina, dáfnias, infusórios, microvermes, enquitréias, minhocas de jardim, patê etc.

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