Os Gorilas compartilham 97,5% do DNA humano. Dado seu tamanho e peso, fica difícil imaginar que eles estão quase extintos. Mas é que, na verdade, o gorila não é um caçador. A única “carne” (se assim se pode dizer) que ele come é de cupins e outros pequenos insetos. Além disso, um gorila só ataca outra espécie em legítima defesa e, mesmo assim, antes tenta afastar o inimigo urrando, batendo no próprio peito e quebrando galhos. Como a luta corporal é sua última alternativa, o gorila é presa fácil de caçadores.

 

Estima-se que pouco mais de 100 indivíduos sobrevivem nas regiões da Uganda, Ruanda e Congo (na África), mas sua extensão territorial some a cada dia pelo avanço das cidades, da agricultura e das guerras civis. É lamentável que uma espécie tão especial, tão avessa a violência esteja desaparecendo. Para os gorilas a vida familiar é essencial e os machos são extremamente carinhosos com os seus filhotes – o que também praticamente não corre nas demais espécies de grandes primatas.

 

A emoção dos gorilas é muito fácil de detectar. Nos zôos, depois de um certo tempo solitários, caem em depressão e não aceitam mais companhia da mesma espécie e de nenhuma outra. Na vida selvagem, várias fêmeas já foram flagradas carregando seus bebês mortos por doença ou acidente durante vários dias. Eles encaram a morte de um ente querido com muito pesar. O líder, também conhecido como dorso-prateado, dá a vida para salvar a família.

 

Koko, a gorila que passou mais de 30 anos ao lado de humanos aprendendo a linguagem de sinais, a mexer no computador e até a se maquiar diante do espelho, é um dos exemplos mais fantásticos da inteligência desses primatas. Ela expressou a vontade de ter um gatinho, de ser mãe e escolheu um companheiro pela Internet. Ainda não teve herdeiros e hoje vive num santuário particular junto de outros gorilas também criados entre humanos.

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